Banco de Alimentos doa 35 mil quilos por mês.

O almoço na casa da Gleice Kelly Duarte foi caprichado nesta sexta-feira, 14. Moradora do bairro Filostro Machado, ela foi uma das pessoas que recebeu a cesta de frutas e verduras durante a 1ª edição do Banco de Alimentos em Ação, que reuniu doações, atendimentos de saúde e serviços sociais. “Vou fazer uma batatinha e um repolho refogado. Aproveito também para dividir um pouco da cesta com os vizinhos. Toda sexta-feira estamos aqui para pegar o benefício, que dura a semana toda lá em casa”, disse ela.

Só em 2019, foram 420 toneladas de alimentos doados diretamente para famílias carentes e instituições socioassistenciais – a quantia é quase o dobro do registrado em 2016, quando foram repassadas 220 toneladas. Lá no Banco de Alimentos, são 800 cidadãos atendidos com as doações, além dos 300 que recebem em casa, com o Caminhão da Solidariedade, ideia do prefeito Roberto Naves, que leva o alimento direto à pessoa que não tem condições de vir buscar.

“São alimentos que, se não estivéssemos realizando este trabalho de captação, limpeza e armazenamento, seriam descartados. Estamos evitando o desperdício de mais de 35 toneladas por mês. Isso é saúde, vitaminas para as crianças, ajuda a evitar doenças. E nada disso seria possível sem nossos parceiros, sem os comerciantes da cidade, principalmente do Mercado do Produtor”, ressalta Roberto Naves. E estas doações também não param de crescer, de 26 empresas colaboradoras, em 2016, saltamos para 40, em 2019. Sinônimo de credibilidade do trabalho realizado pelo Banco de Alimentos.

A coordenadora de lá, Joyce de Paula, explica que antes de 2017, não havia muito controle sobre as doações recebidas e muito menos o registro da saída das cestas e alimentos. “Com a otimização das práticas, a iniciativa ganhou mais credibilidade, estimulando a chegada de mais doações”, comenta. E ela garante que o desperdício é zero, pois os alimentos que não estão em condições para consumo humano são repassados para os produtores rurais, para fins de alimentação animal. “Tudo é aproveitado”, afirma.

Marco Bakura

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