Inclusão é prioridade na Educação de Anápolis.

Tornar a educação cada vez mais inclusiva é prioridade para a administração municipal e vem ganhado uma atenção ainda maior. Com a recém-criada Diretoria de Inclusão, Cidadania e Diversidade, a Secretaria Municipal de Educação busca avaliar a implantação e execução de políticas e projetos voltados para o tema em Anápolis.

A secretária da pasta, Eerizania de Freitas, pontua que é um grande avanço pensarmos na educação inclusiva como prioridade. “A implantação desta nova diretoria visa à inovação de práticas educacionais e garante ambientes que respeitem as individualidades de todos. O intuito é viabilizar a integração destes estudantes no ensino regular, assegurando a acessibilidade, equipamentos e formação para os profissionais da rede municipal de ensino”, diz a secretária.

A nova diretoria também é responsável por coordenar o Centro Municipal de Apoio ao Deficiente (Cemad), Centro de Formação dos Profissionais em Educação (Cefope) e Centro Municipal de Atendimento Educacional Integrado (Cemaedi), além da parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Histórias de sucesso

Segundo Flávia Fernanda de Souza, responsável pelo novo setor, é importante priorizar um atendimento de qualidade que contribua para o desenvolvimento desses estudantes. “A diretoria foi criada para pensarmos em uma inclusão de forma personalizada, valorizando cada aluno que, para nós, é muito importante”, relata. Para Flávia, a parceria com o Cemad, Cefope, Cemaedi e UAB é essencial, uma vez que a formação continuada de professores contribui no desenvolvimento destes alunos.

A estudante Yasmim Nunes, de 9 anos, é aluna da Escola Municipal Manoel Gonçalves da Cruz. Ela nasceu com a Síndrome de Morsier, transtorno que causa a deficiência visual em graus variados, e quadro autístico de nível um. “Na escola, o atendimento da aluna é feito com muita dedicação e carinho. O material que era trabalhado pelos professores presencialmente, e agora virtualmente, com a pandemia, é bem didático e quase todo tátil, o que ajuda bastante no desenvolvimento dela”, descreve a mãe, Francisca Vieira. De acordo com ela, a atenção prestada à filha pela professora regente e a professora é fundamental para o aprendizado da estudante.

Ana Alice dos Santos, gestora da Escola Municipal Rosevir Ribeiro de Paiva, destaca que a educação inclusiva é indispensável para os estudantes que precisam dela. “As crianças com deficiência têm que estar em um ensino regular para que tenham um aprendizado significativo, e assim possam trabalhar sua socialização”, destaca a gestora.

Juliana Querina, professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), afirma que a escola busca trabalhar com as crianças deficientes de uma maneira contextualizada, utilizando materiais concretos. “Agimos em conjunto com a equipe de professores regentes, cuidadores e professores de apoio, para que as atividades executadas em casa sejam de qualidade e para que as crianças tenham resultados satisfatórios”, diz a docente. Para a instituição, o objetivo é que as crianças e as famílias se sintam acolhidas e tenham o suporte adequado. “Fazemos um momento de orientação com os pais para que possam mediar o conhecimento didático-pedagógico necessário para realizarem as atividades com os seus filhos, e eles estão reagindo muito bem a todo esse processo”, destaca.

Marco Bakura

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