Por que eu não posso ir à escola? Por que nós precisamos usar máscaras? Estou com coronavírus? Estes são alguns dos questionamentos feitos por muitas crianças durante a pandemia da Covid-19. É natural que elas tenham sofrido com as consequências sociais da doença por conta da mudança repentina da rotina, o isolamento, a falta de convívio com os colegas da escola, além da restrição de espaço para brincar. Pensando nisto, a Secretaria Municipal de Educação preparou algumas dicas sobre o ensino durante esse período.
De acordo com Eerizania de Freitas, secretária Municipal de Educação, a Covid-19 nos fez repensar as rotinas escolares. A escola e família se aproximaram ainda mais, fortalecendo, assim, os vínculos e a dedicação no processo de ensino. “Todos temos um objetivo comum: formar cidadãos reflexivos que atuem na sociedade de forma a exercer sua cidadania. Portanto, esta parceria é importante rumo ao aprendizado, principalmente nesse momento”, afirma a representante da pasta.
Além do comprometimento à saúde física, pela falta de exercícios e prática de atividades, a saúde mental dos estudantes também pode sofrer consequências como ansiedade, preocupação, desatenção e problemas no sono, dependendo da idade e contexto familiar. Para amenizar este processo é importante manter os estudantes saudáveis, esperançosos, positivos e encorajá-los com os estudos.
Eduardo Chagas tem 12 anos e está no sétimo ano da Escola Municipal João Luiz de Oliveira. Ele conta que este momento de aulas remotas é bastante diferente, mas que tem mantido muito contato com os educadores. “Meus professores criaram um grupo de WhatsApp por onde nós recebemos as tarefas e, logo que terminamos, as enviamos de volta a eles”. Para o estudante tem sido tempos difíceis, mas a escola é fundamental para o seu futuro e para uma profissão de sucesso.
Para Luciana de Pina, professora e psicopedagoga da Secretaria Municipal de Educação, estamos vivendo um momento novo e desafiador. “Em meio à pandemia, os alunos e suas famílias se tornaram responsáveis, em grande parte, pelo aprendizado, com uma intensidade maior do que antes”. A professora, que também estuda Psicologia, afirma que as casas, neste momento, estão tendo um papel muito além de lar: o de escola.
Luciana lista algumas dicas que podem ser utilizadas em casa:
- Estabelecer uma rotina para o estudante ter controle da ansiedade. Se possível, estabeleça horários e informe a criança sobre tudo que será feito no dia;
- Inseri-lo nas atividades domésticas, de acordo com a faixa etária do estudante, é importante para desenvolver sua autonomia e senso de cooperação;
- Preparar um ambiente somente para os estudos e fazer que com quem naquele momento, a atenção se volte por completo para a escola. O uso do uniforme pode contribuir;
- Estimular o vínculo com o professor, fazendo com que a criança divida com ele suas dificuldades e descobertas;
- Comunicar à escola toda mudança no comportamento do estudante.