O Corsa é um daqueles modelos que fazem parte de muitas das histórias que todos nós temos para contar. Tanto na Europa como no Brasil, para boa parte de uma ou mais gerações foi mesmo o primeiro carro que dirigiu, tirou carta de motorista ou também foi o primeiro automóvel que possuiu. Pois o Corsa está -acredite- comemorando 40 anos de mercado.
Aqui no Brasil, o Chevrolet Corsa foi lançado em 10 de janeiro de 1994 (para a imprensa especializada, a apresentação aconteceu no autódromo de Barcelona, na Espanha), já na segunda geração do Opel Corsa alemão. O modelo veio para cá com a dura missão de substituir o Chevrolet Chevette, o que fez com muito mais sucesso do que o esperado, pois no segundo ano de sua produção já era líder de mercado em seu segmento. Na época, foi uma grande inovação no segmento dos carros pequenos, pois trouxe para o Brasil um projeto moderno, com linhas arredondadas e aerodinâmicas, e ganhos em termos de segurança, tecnologia e mecânica: na versão Wind 1.0, foi o primeiro carro popular com injeção eletrônica de combustível.
Na Europa, a história do Corsa segue até hoje. A marca não é mais da GM e hoje pertence à Stellantis. Com mais de 14 milhões de unidades vendidas, por lá também são muitas histórias por contar, sendo que esta é uma trajetória que dura ainda hoje, com a sexta geração deste modelo e que já inclui uma versão totalmente elétrica.
O surgimento do Corsa aconteceu porque o antigo Kadett foi aumentando de tamanho e acabou por ficar mais próximo do segmento dos carros médios, deixando uma lacuna para os pequenos. E, assim, a solução para esta questão chegou em 1982, com um modelo compacto e de preço bastante acessível, que trazia novas soluções de mobilidade a um público mais abrangente, graças à sua simplicidade e preço.
A Opel divide a história deste modelo pelas suas seis distintas gerações, sendo que neste pequeno resumo de AUTO&TÉCNICA, conseguiu listar os principais destaques de cada uma das gerações do Opel Corsa.
Apesar do sucesso do primeiro Corsa, foi tomada em Rüsselsheim a decisão de posicionar o seu sucessor como um verdadeiro “queridinho” para o sexo feminino. A lenda dos desenhos da Opel, Hideo Kodama, lançou-se ao trabalho e criou um Corsa muito mais arredondado e suave, com faróis circulares que encaixaram perfeitamente no seu visual atraente e mais jovem. O Corsa B era 10 centímetros mais longo e muito mais espaçoso por dentro do que o seu antecessor, ao mesmo tempo que também introduzia padrões de segurança mais elevados no seu segmento, incluindo freios ABS, barras de proteção contra impactos laterais e airbags frontais.
Para mercados diferenciados (leia-se Brasil e América Latina), em conjunto com a versão hatchback, a Opel (no caso a Chevrolet) voltou a oferecer um quatro portas, bem como as variantes station wagon e pickup. Os motores a gasolina já contavam com tecnologia como a injeção eletrônica de combustível e catalisadores, enquanto o GSi usava cabeçote de 16 válvulas e a potência do diesel era agora reforçada com turbocompressor.
O segundo Corsa teve sucesso em todo o mundo e as suas vendas ultrapassaram a marca dos quatro milhões. Foi o primeiro modelo do Corsa lançado no Brasil.
Fonte Auto&Técnica